terça-feira, 29 de abril de 2008

Lojas no Centro Histórico devem se adequar aos padrões do IPHAN

Deu no Jornal O Documento, de Cuiabá

Várzea Grande, 28/04/2008 - 13:01.

Da Redação

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades), multou 94 estabelecimentos do Centro Histórico que não se adequaram ao padrões estabelecidos pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em relação às fachadas das lojas. A multa foi de 20 UPFS.

Desde o ano passado, a Prefeitura e o IPHAN vêm solicitando aos proprietários que façam as adequações conforme estabelecido na Lei Federal sobre os Centros Históricos do país. Dos 701 estabelecimentos comerciais notificados pela Smades, 607 adequaram suas fachadas conforme determinação do IPHAN. “Foi um grande trabalho em conjunto com o Ministério Público e o IPHAN, qualquer um pode observar como o Centro Histórico ficou mais harmonioso”, declarou o secretário de Meio Ambiente, Osmário Daltro.

De acordo com Daltro, cada loja de Cuiabá precisa seguir regras específicas em relação à fachada, de acordo com a sua localização (rua) dentro do Centro Histórico.“Na Rua Treze de Junho, por exemplo, os painéis têm que ter 80 centímetros de largura , 60 de altura e 15 de espessura ”, explicou.

O secretário informou, ainda, que se as lojas que ainda não se adequaram conforme o que estabelece a lei, ou não providenciarem as mudanças serão novamente multadas e poderão ter seus alvarás caçados.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Veículos particulares têm fácil acesso na Baixa dos Sapateiros

Por Gabriela Figueiredo

É mais fácil chegar à Baixa dos Sapateiros do que à Avenida Sete, ao Comércio ou a outros trechos movimentados da cidade. Mesmo com grande número de pedestres,a Baixa dos Sapateiros favorece o acesso de veículos particulares e essa "descomplicação" tornou-se um grande atrativo da área. A Baixa dos Sapateiros é como um shopping a céu aberto e como tal não vive sem pessoas comprando, passeando.

"Eu não gosto de ficar enfrentando trânsito, nem ficar competindo para pegar vaga. Pagar caro por estacionamento também não convém. Hoje, faço minhas compras na Baixa dos Sapateiros, porque encontro de tudo, e sem transtornos", diz Carolina Silvany, autônoma, 25 anos.

Os consumidores que freqüentam a Baixa dos Sapateiros não podem reclamar da ausência de estacionamento. O local tem Zona Azul, com mais de 72 vagas distribuídas nos trechos entre a Ladeira do Aquidabã, Ladeira Ramos de Queiroz, Rua Padre Agostinho Ramos e Ladeira do Ferrão, Largo de São Miguel e Ladeira de Santana. O horário de funcionamento é das 10 às 19 horas, com duração de duas horas, de segunda a sexta-feira e aos sábados das 7 às 13 horas.

Segundo João Silva, guardador de carros registrado pela SET, essas condições favorecem os fregueses "porque é confortável você chegar e já ir estacionando, podendo permanecer durante duas horas, com renovação de mais duas".

Ainda sem data marcada, o projeto “Reabilitação Urbana da Baixa dos Sapateiros” vai significar um investimento inicial de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões e um dos objetivos é a construção de novos estacionamentos para melhorar ainda mais o acesso e consquentemente o movimento das lojas.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Mais R$1,4 milhão

Assessoria de Comunicação do Governo distribuiu release sobre convênio para Centro Histórico. Leia parte dele aqui:
Unesco e governo do Estado assinam convênio de R$ 1,4 mi

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), instituição com vasta experiência na reabilitação de Centros Históricos, assina com o Governo do Estado da Bahia, amanhã, às 15h30, na Governadoria (CAB), um Projeto de Cooperação Técnica Internacional para a criação de uma estratégia de sustentabilidade para o Centro Histórico de Salvador (CAS).

O acordo será assinado no Salão de Atos da Governadoria, pelo Governador do Estado, Jaques Wagner, pelo Secretário de Cultura, Márcio Meirelles e pelo representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny, com presença de outros secretários de estado, município, Organizações não-Governamentais (Ongs) e representantes da sociedade civil.

Baseado na relação entre Cultura e Desenvolvimento, o Projeto de Cooperação Técnica Internacional (Prodoc) reconhece a importância da inclusão da cultura no planejamento urbano da cidade de Salvador e se propõe a criar alternativas para garantir a sustentabilidade econômica, física e social dos moradores que habitam o Centro Antigo.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Já vimos esse filme: Cine-teatro Jandaia

Por Mary Weinstein

Do início à segunda metade do século passado, o Cine Jandaia foi um templo da arte: serviu de palco até para Carmen Miranda. Agora, suas dependências parecem um escombro.

Os proprietários do Cine Jandaia já estiveram algumas vezes em Salvador para tentar uma mediação das instituições locais.

Da primeira vez, a conversa foi com a Fundação Gregório de Matos (prefeitura). Da última, no ano passado, foi com o secretário de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, que ficou encantado com a possibilidade de reerguer o antigo cinema. Só que até agora, nada de concreto foi combinado.

O proprietário Cláudio Valansi avisou que quer ter condições para viabilização de um projeto elaborado com parceiros. Ele resiste à alternativa de vender o imóvel para uma igreja evangélica, contrariando o destino de outras casas como o Tamoio e o Politeama.

Nesse meio tempo, a Associação Viva Salvador também espera a evolução do processo de tombamento do cinema que tem estilo art dèco. Aguarda a decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)que está avaliando há mais de dois anos.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Parte IV - Parati e Quito

“Os moradores precisam ter a chance de manter suas casas e serem parceiros da revitalização. A participação deles é fundamental. Foi assim em lugares como Parati (RJ) e Quito (Equador). Por que não podemos ir no mesmo caminho?”, questionou o Secretário de Cultura, Márcio Meirelles.

Parte III - Fachadas

Durante a assinatura do protocolo, foi apresentado um diagnóstico dos 2,5 km da Baixa dos Sapateiros e uma simulação das lojas sem os luxalons, estruturas de propaganda, que escondem verdadeiros “tesouros” nas fachadas de prédios históricos. “Se por um lado, o luxalon acabou com a beleza do lugar, ele também foi responsável pela preservação das fachadas, que permaneceram intactas”, explicou Lima. A recuperação de fachadas tem sido uma ação recorrente em diversos Centros Históricos, a exemplo de Barcelona, na Espanha, e da capital paulista.

Além da qualificação da rede de luz, em parceria com a Coelba, estão previstas a ocupação de prédios tombados para a construção de residências para estudantes, requalificação urbana e reparação de imóveis de interesse público para uso de habitação; alguns desses projetos já estão em fase de aprovação pelo Ministério da Cultura e pela Caixa Econômica Federal, como as 26 unidades de moradia que serão destinadas para famílias com renda mensal de até 5 salários mínimos. Atualmente, estima-se que menos de 10% dos imóveis da região estejam destinados à moradia.

Parte II - Parceria

Revitalizar o Centro Antigo de Salvador (CAS), promover a sustentabilidade e transformá-lo em um lugar bom para morar, trabalhar, freqüentar e visitar são as metas do governado do Estado para essa área da cidade. “A união entre governo, sociedade e empresários é determinante. Devemos estar todos juntos empenhados nesta ação porque não dá para ficar dependendo só do governo”, disse Beatriz Lima, arquiteta e gestora do Escritório de Referência do Centro Antigo, unidade gerencial da Secretaria de Cultura.

“O momento é espetacular. Antes não existia projeto algum. Agora temos que fortalecer as entidades de moradores e comerciantes porque neste processo de reconstrução todos têm um papel”, reforçou o superintendente do Sebrae. “É a primeira vez na história desta cidade que tantas pessoas se envolvem na requalificação na Baixa dos Sapateiros”, comemorou Cosme Brito, representante da Associação de Lojistas da Baixa dos Sapateiros e Barroquinha.

Secretaria de Cultura tem planos - Parte I

Baixa dos Sapateiros ganha projeto de requalificação

Agentes econômicos, políticos e sociais assinam protocolo de intenções para promover desenvolvimento sustentado da Baixa dos Sapateiros.


Porta de entrada para o Centro Histórico e um dos locais mais agitados culturalmente na primeira metade do século XX, a Baixa dos Sapateiros acaba de ganhar projeto de revitalização urbana e também do comércio através do Projeto Geor (Gestão Estratégica Orientada para Resultados) Varejo Vivo.

O protocolo de intenções foi firmado ontem, terça-feira (15/04), no Escritório de Referência do Centro Histórico, entre a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, o Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o Sindicado do Comércio Varejista e Fórum Municipal para o Desenvolvimento Sustentável do Centro da cidade.

Estudos apontam que a queda de negócios verificada na Baixa dos Sapateiros entre 2000 e 2005 se deve à falta de diversificação de atividades, presença de albergues para a população de rua e ao abandono de edifícios públicos e privados. Para o diretor superintendente do Sebrae, Edival Passos, entretanto, esses dados não intimidam. De acordo com ele, trabalhos de revitalização comercial já foram realizados em lugares como a Feira de São Joaquim e avenida Sete de Setembro. “Qualificamos o feirante e o atendimento. Na avenida Sete conseguimos aumentar a freqüência de 90 mil para 600 mil pessoas ao dia”, revela.

domingo, 6 de abril de 2008

Tradição, família e Baixa dos Sapateiros


Por Patrícia Biset

O Mercado de Santa Bárbara merece ser visitado durante o ano todo e não somente no dia da festa da Santa. Passar por lá para comer uma feijoada ou dar um gole em uma cachaça das boas é o mesmo que tomar um banho de Bahia.

Devoto fiel de Santa Bárbara, José Fausto de Almeida, 56 anos, trabalha há 48 em um dos boxes que já passou por "três gerações de avô, pai e filho". Sua infância e adolescência foram vividas no Mercado. Desde menino ajudava a despachar os clientes. Ele distribuiu muito caruru com 40 mil quiabos e animou a festa ano após ano, com samba-de-roda, capoeira e maculelê.

Em frente à Santa em exposição permanente na prateleira de um dos seus cinco boxes, ele se desgosta: “tenho dois filhos, e nenhum quer dar continuidade a essa tradição.” Amigos e clientes dão conta do empenho de José Fausto em manter o Mercado, que fica ao lado do Cine Jandaia e logo em frente ao Tabuão. Ele chegou a mudar a organização dos 127 boxes. Lembra que corria pelos corredores e hoje é um dos maiores comerciantes do local.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Do Cine Jandaia para o Teatro da Barra

Por Mary Weinstein

Amanhã, o Cine Nostalgia do Teatro da Barra vai exibir o musical da Metro Goldwin Mayer Transatlântico de Luxo, de 1948, que foi cartaz nos tempos de glória do Cine Jandaia, hoje desativado, na Baixa dos Sapateiros.

No elenco se destacam George Brent, como o comandante do navio, Jane Powell, como sua filha, além de Francis Glifford, a orquestra de Xavier Cugart e outros. O filme é muito bom e agrada em cheio aos fãs do antigo cinema de Hollywood.

As sessões amanhã são às 15 e 17 horas. Domingo será às 16 horas.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Vendagem na Baixa dos Sapateiros é notícia - contraste no tempo

Por Mary Weinstein
Em fevereiro de 1985, o faturamento na Baixa dos Sapateiros dava até notícia em jornal. Esta aí, por exemplo, foi publicada em alto de página, em A TARDE.
A edição está no arquivo do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, na Praça da Piedade. A notícia acima, de 25 anos atrás, contrasta com a notícia abaixo, de agora.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Shopping no meio de uma forte zona comercial

Por Ricardo Estrellado

Criado bem no meio de uma forte e tradicional zona comercial, o Shopping Baixa dos Sapateiros já nasceu complicado. A idéia inicial era atrair um outro tipo de clientela para as redondezas, um consumidor mais elitizado, e com isso diversificar o público local, que sempre foi conhecido como de consumidores de baixa renda.

O shopping tenta suportar a crise, que por sinal nunca o deixou. Com apenas 100 lojas, sete no ramo de alimentação, e com um único destaque, um restaurante à quilo que as sextas-feiras serve comida baiana e durante a semana churrasco, o movimento deixa a desejar.

O corajoso Shopping da Baixa dos Sapateiros dispõe de casa de loteria e de uma agência de correio, que é o que mais atrai consumidores.Outros destaques são o banco e um salão de beleza. Apesar das dificuldades, o Shopping Baixa dos Sapateiros ainda é uma referênciana na área.

Projeto de revitalizar o local seria a saída. Talvez, transformar o imóvel em um equipado espaço cultural, porque não?