segunda-feira, 31 de março de 2008

Amanhã, será uma nova turma...

Por Mary Weinstein

A partir de amanhã, terça-feira, começa uma segunda fase no Blog da Baixa dos Sapateiros, quando uma nova turma da disciplina Oficina de Gestão da Comunicação da Faculdade da Cidade, assume o pintar e bordar aqui.

Amanhã, faremos uma visita ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) para saber como a comunicação é feita dentro dessa instituição. E, obviamente, vamos aproveitar para saber o que está sendo feito pela Baixa dos Sapateiros. Será que o Governo do Estado e o Escritório de Referência do Centro Antigo, montado em setembro passado pela Secretaria de Cultura, estão prestando atenção na antiga Rua da Vala?

Além disso, várias matérias estão sendo finalizadas para serem postadas.

Apesar da entrada da nova turma nesse páreo, a anterior não será preterida. Não só poderá como deve continuar envolvida, trazendo novidades e questões para serem discutidas aqui. Temos ainda os vídeos que Stanley produziu com os depoimentos dos futuros jornalistas que atuaram com tanta determinação nesse blog. Temos que postá-los!!

Abraço a todos e boa fruição!

terça-feira, 25 de março de 2008

São Paulo sai na frente

No Centro de São Paulo, fachadas históricas antes escondidas por anúncios de estabelecimentos comerciais foram reveladas pela Lei Cidade Limpa.

A repercussão da lei Cidade Limpa foi tão favorável entre a população de São Paulo que a maioria dos comerciantes e prestadores de serviço aderiram de imediato a ela. Houve aí uma resposta consciente e cidadã para a importância de se melhorar a paisagem urbana.

A disposição geral dos comerciantes é de colocar placas novas em seus estabelecimentos dentro da lei. “Por que não aproveitar o momento e também recuperar as fachadas históricas?”, pergunta o superintendente da ONG Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida.

“Sem esquecer até mesmo aquelas que, apesar de não serem tombadas, mantêm importância como parte de conjuntos arquitetônicos existentes no Centro. O que não dá é continuar como está”, insiste.

(Esta notícia foi publicada na íntegra pelo InformeOnline da ONG Viva o Centro - São Paulo, http://www.vivaocentro.org.br/, em 31 de maio do ano passado)

sexta-feira, 21 de março de 2008

Camelódromo contra a carestia




Por Manuela Furtado

Andar pela Baixa dos Sapateiros e não avistar nenhum vendedor ambulante é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa. E foi para organizar o exercício dessa classe de trabalhadores na área que foi fundado em 1999, no governo do então prefeito Antônio Imbassahy, o "camelódromo", dentro do projeto de Ordenamento do Comércio Informal da Prefeitura de Salvador.

E até hoje, o local serve para abrigar sob a sua grande tenda de lona, muitos ambulantes, alguns com anos de trabalho informal na J.J. Seabra. É o caso de Dona Zezilda dos Santos, 71 anos, que trabalha há 40 anos na Baixa dos Sapateiros. Para ela, a única melhora trazida pelo camelódromo em relação à rua, é justamente a cobertura.

“Quando digo isso, não quero dizer que quero voltar para a rua. O comércio está ruim independente do lugar que eu estivesse trabalhando”, disse a comerciante. Vendendo roupas com preços que variam de R$5 a R$ 35, Dona Zezilda tem a sua opinião compartilhada com outros ambulantes.

Maria Soledad, 42 anos, acha que o problema é “que ninguém entra aqui, só em caso de necessidade. Natal era a melhor época para vender, mas a cada ano que passa está pior”, diz ela que vende bolsas e mochilas de R$ 25 a R$ 35, “daquela que é ‘importada’”.

Já a experiente Dona Zezilda tem outra explicação: “Os tempos são outros”.

A história desta senhora se confunde com a da própria Baixa dos Sapateiros, até por ela exercer o tipo de comércio que predomina no local. Com toda simplicidade, Dona Zezilda filosofa sobre as causas do abandono do lugar. Diz que sempre teve um tipo de público específico: o ‘povão’.

Segundo analisa, o local foi abandonado porque “hoje em dia tem comércio em tudo quanto é lugar, então quem é que vai pegar transporte, tendo dinheiro contado, para vir até aqui?”. Falando dos anos felizes que passou nas calçadas da J. J. Seabra, ela lembra de quando vendia suas roupas para uma fiel freguesia e conseguia sustentar seus filhos.

“Aqui tinham grandes lojas, como Feiras dos Tecidos e Pernambucanas. Fechou tudo! Quem sai de sua casa quer ver coisa bonita. Vai para o shopping e vê luxo. Voltar para a Baixa dos Sapateiros com lojas abandonadas, para que?”, conclui.



terça-feira, 4 de março de 2008

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Tia Edna e a sua feijoada


José Martiniano

Dona Edna decidiu abrir o restaurante em um dos boxes do Mercado de Santa Bárbara, em 2001. A prática na cozinha, ela herdou do trabalho doméstico e das marmitas que fazia. A vida melhorou quando abriu o restaurante. Ela que sempre participou da festa de Santa Bárbara, na preparação do caruru.

Para Dona Edna, a Baixa dos Sapateiros perdeu movimento depois da retirada dos camelôs das calçadas. Atualmente, é o banco popular que atrai novos clientes. "As portas do mercado são muito pequenas, o ideal seria que não existissem as lojas da frente, para se ter uma visão da parte de dentro”, disse Dona Edna.

O restaurante tem uma freguesia fiel composta por comerciários locais. Nos finais de semana, são os boêmios que o freqüentam. Funciona de domingo a domingo. A feijoada sai aos finais de semana. É só chegar.