quinta-feira, 24 de julho de 2008

Imbassahy na Baixa II

Deu em A Tarde:

RITA CONRADO
ritaconrado@grupoatarde.com.br

Numa área supostamente hostil, devido à truculência dos agentes da Secretaria de Serviços Públicos – o rapa – que marcou o seu governo, o candidato da coligação Pra Melhorar Salvador (PSDB-PPS), o ex-prefeito Antônio Imbassahy (PSDB), conversou com lojistas e ambulantes na visita que fez, ontem, à Baixa dos Sapateiros, dividindo opiniões.

“Camelô não vota nele”, preconizava Wilson Santos, que há 32 anos mantém uma guia de cafezinho no Aquidabã, ressaltando a perseguição sofrida pelo rapa mesmo sendo um vendedor cadastrado. Por sua vez, Valdomiro Santos, morador dos Pernambués que há 16 anos possui um ponto de lanches no local, garantia o seu voto ao candidato.

“Na minha rua, todo mundo vota nele”, disse.

Antônio Imbassahy foi acompanhado, durante todo o percurso, pelo candidato a vice-prefeito, Miguel Kertzman (PPS), e pelo presidente do PPS, George Gurgel, além do candidato a vereador Cosme Brito (PPS), presidente da Associação de Lojistas da Baixa dos Sapateiros. No trajeto, ouviu pedidos de revitalização da área, valorização do comércio e implantação de linhas de ônibus.

Kertzman, responsável pela elaboração do projeto de governo, destacou a importância do diálogo com os comerciantes.

“Temos um projeto de requalificação que prevê desde a melhoria das fachadas à criação de espaços culturais, passando por reforma de toda a infra-estrutura”, afirmou, ressaltando a criação de parcerias com a iniciativa privada.

“A Baixa dos Sapateiros é uma área tradicional que deve ser integrada ao Pelourinho”.

Observada por curiosos e aproveitada por quem tinha reivindicações a fazer ao candidato, a visita de Imbassahy provocou desabafos e elogios. “Moro há 30 anos em Salvador e nunca vi um prefeito melhor que esse, que deixou a cidade um brinco”, dizia o taxista Joel Augusto, natural de Jequié. Por sua vez, Adalgiso Reis mostrava desconfiança. “Ele é da linhagem carlista, não dá para confiar”, ressaltava. Imbassahy, bem colocado nas pesquisas de opinião, aposta no debate com os comerciantes formais e informais para reverter as opiniões contrár ias.

“Certamente, houve falhas na minha gestão que vamos corrigir, mas há um somatório de coisas positivas voltadas para essa área”, disse, quando questionado sobre a truculência do rapa no seu governo. “Buscávamos a organização e, para isso, dialogamos até com os partidos de oposição”, afirmou. Apesar de ser bem recebido pelos lojistas, a Baixa dos Sapateiros pode ser um ponto sensível para o candidato, que terá de reverter opiniões de moradores, como o funcionário público aposentado Jonas dos Santos. “Nunca fez nada aqui, a não ser perseguir camelôs e tirar as linhas de ônibus”, criticou.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Imbassahy na Baixa I


Foto: Anderson Christian

Do blog Bahia Notícias do jornalista Samuel Celestino

IMBASSAHY NA BAIXA DOS SAPATEIROS

O candidato tucano, Antonio Imbassahy, fez hoje uma caminhada na Baixa dos Sapateiros, partindo da Estação do Aquidabã em direção à Barroquinha. No trajeto, o candidato conversou com comerciantes, ambulantes e consumidores e ouviu queixas. “Pedi propostas de melhorias aos próprios comerciantes, pois eles é que conhecem de perto os problemas”, afirmou Imbassahy.

Abará na Baixa: muito bom

Por Marcos Paulo de Carvalho Alves

Ao longo da Av. José Joaquim Seabra, a Baixa dos Sapateiros, existem vários pontos comerciais com foco na culinária. São restaurantes, lanchonetes, padarias e alguns boxes nos mercados de Santa Bárbara e São Miguel, destinados à venda de comidas.

Perto da ladeira do Pelô, na Rua Agostinho Gomes 12, bem ao lado do Restaurante Ceará, tem um abará que há mais de trinta anos é servido a partir das 17 horas. Ele vem puro, sem os tradicionais acompanhamentos. Mas é bom, viu? Porque seu preparo diferenciado deixa o cliente satisfeito. Para os mais exigentes é possível colocar camarão e pimenta. E só.

Esse ponto já está na segunda geração, pois quem serve e vende o famoso abará é a filha mais velha de Tia Maria. O cliene mais entusiasmado do ponto é Joselito Souza que o frequenta há 27 anos.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Veja só como é em São Paulo 2

Livro desvenda os bastidores da lei que saneou a paisagem de São Paulo

Escrito pelo jornalista Leão Serva, “Cidade Limpa – O projeto que mudou a cara de São Paulo” comprova que o aspecto da cidade suja pode ser repensado. Quem esteve em São Paulo no início de 2006 e volta agora sente a diferença: uma das maiores cidades do mundo foi transformada pela lei Cidade Limpa, que combate a poluição visual.

Essa iniciativa do prefeito Gilberto Kassab pode ser conhecida em Cidade Limpa – O projeto que mudou a cara de São Paulo, do jornalista Leão Serva. Atualmente coordenador de imprensa da Prefeitura de São Paulo, Serva foi diretor de jornalismo do portal IG e secretário de redação do jornal “Folha de S.Paulo”.

“Quando passei pelo prédio da Receita Federal, tive uma visão que me surpreendeu e me inundou de alegria: a cidade de São Paulo estava linda. Como nós, paulistanos, amamos odiar nossa cidade, estranhei (...). É que, depois de anos, eu finalmente estava vendo São Paulo ao invés de lê-la. Todas aquelas palavras retiradas das empenas dos prédios e das ruas parecem ter liberado meu cérebro para que ele pudesse ver o que estava por trás”, afirmou o cineasta Fernando Meirelles em artigo reproduzido no livro e publicado originalmente na “Folha de S.Paulo” em abril do ano passado.

Cidade Limpa – O projeto que mudou a cara de São Paulo
Autor: Leão Serva
Preço: R$ 24,90
Páginas: 128
Dimensões: 14 x 21 cm

terça-feira, 1 de julho de 2008

Veja só como é em São Paulo

Deu no G1

O Pacaembu, na Zona Oeste de São Paulo, foi um dos poucos bairros planejados da cidade. A região tem importância histórica. Há 17 anos, foi tombada pelo patrimônio e por isso hoje está bem preservada. Mas agora tudo pode mudar. O governo do estado decidiu que os lotes podem ser unificados ou desmembrados. A associação dos moradores diz que o Pacaembu entrou "em estado de coma".

Os moradores temem que o bairro seja descaracterizado, já que uma resolução da Secretaria Estadual da Cultura assinada no dia 13 de junho permite que os proprietários mexam no loteamento original da região, que foi planejada em 1920 e tombada pelo estado em 1991.

Na época, os moradores comemoraram o tombamento, que preservou nesses anos todos as características do bairro - casas menores, terrenos amplos, jardins, muito verde. Agora, pela nova regra, os proprietários podem desmembrar e juntar terrenos com tamanhos iguais ou maiores a 900 metros quadrados.

“Se nós começarmos a remembrar dois lotes, três lotes pra fazer uma residência que seja unifamiliar, nós vamos mudar toda a volumetria do bairro, todo o movimento de verde, todo o movimento do próprio bairro, até da densidade populacional”, lamenta o presidente da Associação Viva Pacaembu, Pedro Ernesto Py.

Demolição
A resolução diz que o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do estado de São Paulo, o Condephat, é quem autoriza as mudanças nos lotes. A primeira delas vai ser em um terreno onde havia duas casas. Elas foram demolidas para dar lugar a uma mansão.

Segundo a Associação Viva Pacaembu por São Paulo, o proprietário do terreno fez pressão para mudar a lei. “Os 2.499 domicílios do bairro querem permanecer como estão. E temos apenas um que tá querendo alterar. Se isto realmente for à frente, a descaracterização do bairro como ele é hoje vai ocorrer. Teremos um outro Pacaembu, não sei se tão bom quanto este”, afirma Py.

LEIA MAIS EM http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL631832-5605,00-MORADORES+TENTAM+EVITAR+ALTERACOES+NO+BAIRRO+DO+PACAEMBU.html

Arrumação sem regras conquista clientes na Baixa


Por Fabiana Oliva

Mercadorias nos balaios e cabides (foto), ou dispostas umas em cima das outras, atraem compradores na Baixa dos Sapateiros. Essa aparência de ambiente desarrumado e desorganizado é uma estratégia que os comerciantes do bairro utilizam para atiçar centenas de clientes.

A vendedora Marcela Pires, da loja Lara Biju, conta que as pessoas que freqüentam a Barroquinha gostam dessa forma de arrumação por ser uma maneira prática de escolher os produtos. “As classes C e D que mais circulam na área não gostam dos arranjos da loja muito arrumados como os dos shoppings centers, por isso seguimos essa linha”, revela.

Margarida Costa, dona da loja Mercado do bebê, diz que essa estratégia chama a atenção dos clientes trazendo-os para dentro da loja. “Se tudo estivesse arrumado no fundo do estabelecimento as pessoas não enxergariam e não sentiriam vontade de comprar. Quando montei a loja aqui, os lojistas já arrumavam desse jeito, é um costume praticado há muitos anos, portanto fiz da mesma maneira para obter o mesmo sucesso”, conta.

Apesar de ser uma estratégia perigosa pelo fato de deixar os produtos muitos expostos correndo o risco de serem roubados facilmente e sujos devido a poeira da rua, ela agrada aos consumidores. “Se a arrumação das lojas não fosse assim, talvez não despertasse tanto a minha atenção para fazer compras. Tudo muito em ordem fugiria das tradições e o bairro perderia sua autenticidade”, relata a cabeleireira Antonieta Santos.

A cozinheira Márcia Vieira diz gostar muito de escolher as roupas em balaios. “Poder escolher a peça que quisermos sem ter que esperar o vendedor pegar é a melhor coisa que existe. Essa forma simples de expor os produtos me chama logo atenção quando vou à Barroquinha. A única coisa ruim é a poeira que deixa tudo sujo”, .explicou.