Por Aline Sobrinho e Anamí Brito
Existe um projeto de reforma do Mercado de São Miguel sendo estudado pela Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico de Salvador - Adesa. A esperança de que seja executado é o que mantém os seus comerciantes.
A Adesa montou uma comissão para estudar e pensar soluções para o Mercado, em parceria com outras secretarias municipais, como a Seplan (Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente), Sesp (Serviços Públicos) e Fundação Mário Leal Ferreira.
O projeto prevê o aproveitamento do atual comércio, agregando como nova atividade um espaço destinado à comercialização de produtos destinados ao público das religiões africanas, a exemplo de folhas, flores, utensílios, ferramentas, roupas e demais itens utilizados nos rituais consagrados aos orixás, além de espaço gastronômico para a venda de comidas típicas, área para roda de capoeira e outras manifestações da cultura afro-brasileira.
Oxalá esse projeto seja mesmo realizado!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
sábado, 12 de janeiro de 2008
Mercado São Miguel, patrimônio da cidade
Por Aline Sobrinho e Anamí Brito
O Mercado de São Miguel, na Baixa dos Sapateiros, começou a ser construído em outubro de 1965. Inicialmente, era uma propriedade particular, depois passou a ser público, sob a responsabilidade da prefeitura.
Atualmente, o Mercado está em situação de abandono como conseqüência de diversos fatores, dentre eles a diminuição do fluxo de automóveis e pessoas pela Baixa dos Sapateiros que era mão dupla. Hoje é via única. O aumento de hipermercados na cidade também afastou compradores. A falta de segurança e de interesse dos poderes públicos para fazer divulgação e valorização do Mercado também contribui para o descaso generalizado.
Os que exploram o Mercado foram os responsáveis pela requalificação da fachada. Eles esperaram por mais de 10 anos que o Município confeccionasse a placa. O mercado possui 196 boxes, dos quais 104 estão fechados. As condições físicas do local são precárias. A mais recente reforma feita no Mercado foi em Setembro de 1992, no governo de Fernando José.
As opiniões sobre a mudança da administração de particular para público são diversas. Para Joana Miranda, 86 anos, que há 40 anos possui "um comércio" no Mercado, "com as mudanças as vendas caíram: tem dias que não vendo nada, estou pagando para trabalhar...”. Silvestre dos Santos, 68 anos, mais conhecido como “Seu Neném”, há 53 anos no Mercado, diz que houve melhorias.
Os boxes que ainda estão em funcionamento oferecem diversos serviços: venda de refeições, barbearia, eletrodomésticos, confecção, bares, produtos de Candomblé e Umbanda. A permissão para utilização dos boxes é concedida pela Prefeitura que cobra uma taxa mensal entre R$ 22,18 a R$ 306,00.
O Mercado consegue grande movimento em dois dias do ano: 29 de Setembro, dia de São Miguel quando é celebrada missa e festejos, e em 24 de dezembro, dia de Santa Bárbara. Há 31 anos no Mercado, “Seu Totó” como é conhecido Astrogildo de Jesus da Silva, 85 anos, continua fazendo todas às sextas-feiras uma roda de samba formada por vários amigos e músicos
.
O Mercado de São Miguel, na Baixa dos Sapateiros, começou a ser construído em outubro de 1965. Inicialmente, era uma propriedade particular, depois passou a ser público, sob a responsabilidade da prefeitura.
Atualmente, o Mercado está em situação de abandono como conseqüência de diversos fatores, dentre eles a diminuição do fluxo de automóveis e pessoas pela Baixa dos Sapateiros que era mão dupla. Hoje é via única. O aumento de hipermercados na cidade também afastou compradores. A falta de segurança e de interesse dos poderes públicos para fazer divulgação e valorização do Mercado também contribui para o descaso generalizado.
Os que exploram o Mercado foram os responsáveis pela requalificação da fachada. Eles esperaram por mais de 10 anos que o Município confeccionasse a placa. O mercado possui 196 boxes, dos quais 104 estão fechados. As condições físicas do local são precárias. A mais recente reforma feita no Mercado foi em Setembro de 1992, no governo de Fernando José.
As opiniões sobre a mudança da administração de particular para público são diversas. Para Joana Miranda, 86 anos, que há 40 anos possui "um comércio" no Mercado, "com as mudanças as vendas caíram: tem dias que não vendo nada, estou pagando para trabalhar...”. Silvestre dos Santos, 68 anos, mais conhecido como “Seu Neném”, há 53 anos no Mercado, diz que houve melhorias.
Os boxes que ainda estão em funcionamento oferecem diversos serviços: venda de refeições, barbearia, eletrodomésticos, confecção, bares, produtos de Candomblé e Umbanda. A permissão para utilização dos boxes é concedida pela Prefeitura que cobra uma taxa mensal entre R$ 22,18 a R$ 306,00.
O Mercado consegue grande movimento em dois dias do ano: 29 de Setembro, dia de São Miguel quando é celebrada missa e festejos, e em 24 de dezembro, dia de Santa Bárbara. Há 31 anos no Mercado, “Seu Totó” como é conhecido Astrogildo de Jesus da Silva, 85 anos, continua fazendo todas às sextas-feiras uma roda de samba formada por vários amigos e músicos
.
Os turistas costumam ir à Baixa dos Sapateiros? Você já levou algum até lá?
Por Dilamara Cruz
Taxistas respondem:
"Olha, é muito difícil, aliás eu nunca levei ninguém lá. Acho que é perigoso, por isso eles não vão".
Joel Rodrigues, 23 anos
"Rapaz, só um turista. Acho que quem vai pra lá é só quem se hospeda ali naquelas pousadas da Saúde".
Jorge Vasconcelos, 29 anos
"Raramente, os turistas não gostam muito de lá, não. Não tem nada, lá! Só quando vão pro Pelourinho, ai, agente passa por lá".
Nivaldo Dantas, 42 anos
"Semana passada levei um casal que queria ir pro Barroco na Bahia".
Amaral de Castro, 45 anos
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
À espera de uma ordem
Por Mary Weinstein
A fachada posterior da Igreja da Ordem Terceira do Carmo se vê muito bem por quem passa pela Baixa dos Sapateiros.
Ao lado do Hotel do Carmo, no Santo Antônio, está em condições lamentáveis de conservação.
Completa 10 anos a promessa de que este monumento seria restaurado. E nada.
A raríssima Imagem do Senhor Morto foi inadvertidamente ENVERNIZADA.
É preciso atenção dos órgãos públicos. Do contrário, perderemos esse patrimônio.
A fachada posterior da Igreja da Ordem Terceira do Carmo se vê muito bem por quem passa pela Baixa dos Sapateiros.
Ao lado do Hotel do Carmo, no Santo Antônio, está em condições lamentáveis de conservação.
Completa 10 anos a promessa de que este monumento seria restaurado. E nada.
A raríssima Imagem do Senhor Morto foi inadvertidamente ENVERNIZADA.
É preciso atenção dos órgãos públicos. Do contrário, perderemos esse patrimônio.
O que dizem os turistas que chegam a Salvador...
Por Dilamara Cruz
Você conhece ou já ouviu falar da Baixa dos Sapateiros?
"É aquele lugar que as pessoas ficam chamando 'venha cá moreno, venha cá morena?' Já fui lá, sim, uma vez. Mas só porque estava com um amigo, íamos para o Pelourinho",
Aldir Gracindo, 35 anos, advogado, de São Paulo
"Como é que é? Não, nunca fui nem ouvi falar",
Lionéia Menezes, 36, enfermeira, de Brasília
"Aquela que é perto do Pelourinho? Já ouvi falar que é perigoso",
Paulo Rabello, 28, Empresário, Rio de Janeiro
Você conhece ou já ouviu falar da Baixa dos Sapateiros?
"É aquele lugar que as pessoas ficam chamando 'venha cá moreno, venha cá morena?' Já fui lá, sim, uma vez. Mas só porque estava com um amigo, íamos para o Pelourinho",
Aldir Gracindo, 35 anos, advogado, de São Paulo
"Como é que é? Não, nunca fui nem ouvi falar",
Lionéia Menezes, 36, enfermeira, de Brasília
"Aquela que é perto do Pelourinho? Já ouvi falar que é perigoso",
Paulo Rabello, 28, Empresário, Rio de Janeiro
A Saúde que vai dar na Baixa dos Sapateiros
Assinar:
Postagens (Atom)